Capítulo 1 - No Heart.

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           O lado bom de não ser maior de idade é; você comete os erros e seus pais sempre colocam a adolescência como desculpa. As festas e as brincadeiras que acabam ferindo outras pessoas sempre são perdoadas, talvez seja questão de sorte ou apenas são meus pais que nunca querem me castigar. Na verdade eles nunca estão nem ai para nada, se eu colocar fogo na casa a unica coisa que eles irão fazer é comprar outra casa e voltar a fazer suas infinitas viagens á negocio, eles nem ao menos ligam para saber como eu estou.
          Eu não me importo pela ausência deles, eu adoro na verdade. O que é melhor do que poder levar a vida curtindo festas e fazendo compras o tempo inteiro? Bem essa é basicamente a minha rotina.

      - Ei, preciso passar a nova coreografia para as meninas. - Charlotte diz entrando no meu quarto e eu reviro os olhos. - Mas eles são todas tolas e não conseguem dá um salto triplo, elas não assistem ginastica olímpica? - completa jogando sua bolsa rosa em cima da minha cama.
      - Como entrou aqui?- Empurro sua bolsa com o pé e ela logo cai no chão, fazendo Charlotte se abaixar quase instantaneamente e pegar sua bolsa do chão.
      - A porta estava aberta, não vejo necessidade para anunciar minha chegada, eu sou sua melhor amiga. - Se senta na minha poltrona e começa a balançar os pés me causando um incomodo. 
     - Eu poderia está ocupada sabia? - Protesto e ela olha pras suas enormes e brilhantes unhas. - E as meninas são lideres de torcida, não ginastas!
       - Eu sei. - bufa. - você bem que podia voltar pra equipe né? 
      - Sem chances.
      - Mas você sabe fazer o salto, por favor, por mim! - Implora e eu solto uma risada com sua apelação. 
     Por que diabos eu voltaria, porque ela quer? 
     - Não me faça te expulsar da minha casa. - Levanto e vou em direção ao closet.
     - Você não precisa ficar na equipe por muito tempo, só até o campeonato, ouvi dizer que a outra equipe é super bem preparada e que as meninas são lindas e blá blá. - Balança as mãos fazendo gestos repetitivos e revirando os olhos. 
    - Mas as meninas da sua equipe são bonitas, não sei pra que toda essa preocupação. As vezes perder faz parte. - Mexo nos vestidos. - Isso tudo é para impressionar seus namoradinhos? - Pego um vestido branco e começo a vesti-lo.
      - Não são meus namoradinhos, eles são meus contatinhos. - Corrige como se isso diminuísse a falta de senso dela.
      - Já pensou se eles descobrem que você fica com vários caras? - Pergunto enquanto começo a passar rímel. - Você ficaria mal falada.
      - Falem bem ou falem mal, mas falem de mim.
       
       -Você não aprende mesmo, depois reclama que não arruma um namorado. - Passo o meu batom vermelho-sangue e saio da frente do espelho.
        - O que, quer dizer?. - Pergunta com a voz fragilizada.
       - Quero dizer que os meninos querem namorar garotas que se mostram ser firmes em relacionamentos, eles não querem namorar alguém cheia de contatinhos. Eles te veem como infiel, ninguém quer a fama de corno baby! - Explico pacientemente à minha amiga que não usa nem 1% do cérebro.
       - Como sabe disso? Pode ser só uma teoria sua. As vezes eles não me pedem em namoro por medo da popularidade.
      Solto uma gargalhada alta e Charlotte me olha como se estivesse ofendida. Ela sempre foi assim, sua vida se resumia à aparências e nada mais! Era patético.
     - Medo da popularidade, serio? - Pergunto irônica e ela bate o pé contra o chão mostrando uma Charlotte infantil. - Naquela escola, popularidade é oque muitos querem acredite, eles não tem medo.
      - Podemos, por favor, mudar de assunto? - Pergunta impaciente enquanto eu verifico as horas no meu celular.
      - Temos que ir! - coloco minha mochila nas costas e encaro minha amiga que ficou parada me encarando com cara de vento. - Escola. Acorda! - Estalo meus dedos em frente ao seu resto e ela pega na sua bolsa e começa a me seguir até o andar de baixo.
     - Ariel. - Diz assim que chegamos à garagem 
    
     - Sim? - Me viro para ela e vejo uma expressão indecifrável no rosto dela.
     - Obrigada. - Agradece  e eu abro o primeiro sorriso sincero do dia. Ver a Charlotte agradecendo era um acontecimento histórico.
     - Por nada, agora será que podemos ir? - aponto para o carro.
     - Claro. - Abre a porta do passageiro e de lá joga sua bolsa sem nenhuma delicadeza no banco de traz. Irônico, há poucos minutos ela praticamente se jogou no chão para salvar sua bolsa e agora estava à  jogando pelos cantos, vai entender.
   
      Assim que chegamos à escola vários olhares cairam sobre nós, era sempre assim, uma atenção totalmente desnecessária sobre nós. Charlotte amava isso tudo, se você perguntar se ela prefere a família ou sua popularidade, ela com certeza não escolheria sua família, só que ao contrário da minha família, os pais delas eram super presentes na vida dela e muito dedicados à ela mas, ela não reconhecia. Pra Charlotte só importa o dinheiro que seus pais lhe dão e seus seguidores sem cérebro, se ela visse um animal entrando em extinção e achasse a pele dele bonito, ela mandaria matá-lo e fazer um belo casaco ou tapete com sua pele. Pra ela é assim; Charlotte em primeiro e último lugar, ou seja, apesar de ser uma das minhas melhores amigas ela também é a pessoa mais egoísta do mundo.
    Charlotte abre um dos seus enormes sorrisos e caminha apressadamente para seu armário, me deixando para trás, não que eu me importe... Só que agradecer pela carona também seria uma boa opção, estamos falando da Charlotte. É óbvio que ela não agradecia.
    - Ariel! - Uma voz animada diz e me viro para encarar Chloe que estava parada ao meu lado com seus grandes olhos azuis me encarando de uma forma estranha.
     - Hey. - Dou-lhe um sorriso sincero.
     - Tenho novidades! - Bate palmas animadamente e me controlo para não revirar os olhos.
    - Quais novidades? - Pergunto sem o mínimo de interesse.
    - Hoje vai chegar um aluno novo. - Balança seu corpo como uma criança que acabou de ver um unicórnio. - E ele já está no meu radar!
    - E?
    - E... Bem, eu só queria te contar.
    - Por que você não vai contar essas novidades para a Charlotte? - Abro meu armário e guardo alguns livros lá dentro, deixando somente o meu caderno na mochila. - Ela talvez se interesse por essas coisas sem sentido que você fala. - Sorrio de uma forma nada amigável e rapidamente Chloe se afasta e vai caminhando em direção ao armário de Charlotte, que agora estava cercado pelos seus minios.
     Eu tentava ao máximo não me estressar com a maioria das pessoas aqui mas, sempre aparecia uma das amigas de Charlotte com conversas que realmente não me interessam, então eu simplismente ativo o meu modo 'vadia fria' e uso toda minha crueldade para afastar os minios da Lottie de perto de mim.
     Antigamente eu era como elas mas, com o tempo fui reparando que aquilo não me levaria à lugar nenhum. Eu era líder de torcida, tinha um namorado bonito e toda essa popularidade, mas quando completei dezessete anos eu simplesmente desistir de tudo, eu nem chegava a sentir pena de magoar o garoto que foi meu namorado por dois anos. Ainda sou conhecida porque sou amiga da Charlotte e pela minha fortuna, aqui nessa escola só tem oportunistas e interesseiros, então, para eles, a quantidade na sua conta mostra sua importância.
    Alguns dos meu antigos hábitos continuam, tipo, participar da zueira das meninas e das suas festas quase todo fim-de-semana. Claro que não sou a melhor pessoa do mundo comparada com minhas amigas, porém, me sinto superior à elas pelo fato, que, eu uso parte do meu cérebro quando eu quero, já elas não usam nem em caso de emergência.
    O Alto barulho do sino que indicava o começo das aulas tocou e o corredor foi se esvaziando conforme os alunos se dirigiam as suas salas de aula. Então andei em direção à minha sala.
     - Bom dia. - A professora de artes repetia para cada aluno que entrava na sala.
     Os alunos estavam sentados em duplas, toda aula de artes a maluca da professora fazia esses trabalhos coletivos... Havia duas meses livres, uma com nenhum aluno e outra com somente um rapaz.
Oh, esse rapaz...
É  claro que sentei na mesa vazia.
     - Senhorita Cook, algum problema? - A professora Judith perguntou assim que viu que eu não formei dupla com o garoto que restava na turma.
    - Não? - Balancei meus ombros.
    - Então por que não está sentada com o Zayn? - Estala e eu engulo seco.
    - Eu vou fazer a aula de hoje sozinha. - Digo enquanto tiro meu caderno da mochila e o coloco em cima da mesa.
     Ela riu, ela realmente riu. Observei a sala para ter certeza que ela estava rindo de mim. Era humilhante.
     - Isso aqui não é uma aula individual, sente-se com ele agora e faça seu trabalho. - Ordena mas, eu não faço nada além de encarar minha professora. - Agora! - Grita a última palavra e no segundo seguinte estou sentada ao lado do Zayn e a sala inteira está com os olhos sobre nós.
    
    Ok, ela me assusta.
    - Assim espero. - Diz ela com a voz pacífica e desvia o olhar de mim.
     
    Ela realmente me assusta.
    
    Olho para a lousa lendo as instruções do trabalho e tento ao máximo esquecer que Zayn está ao meu lado, porém seu cheiro incrivelmente bom chega até mim e meu coração aperta.
    - Quanto tempo não? - Zayn diz baixo e eu cravo as unhas na palma da minha mão, tentando me manter firme. - Sabe... eu nunca imaginei que você iria me ignorar depois do que passamos, pois é, eu me pergunto que tipo de coisa que bate aí no seu peito e faz seu sangue circular. - Ele continua e eu o encaro confusa. - Eu queria ser como você. Sem coração.
    Minha garganta fecha, e uma vontade incontrolável de chorar toma conta de mim, mas respiro fundo e seguro as lagrimas me mantendo firme.
   - Zayn... Me desculpa. - Solto um soluço baixo.
     A resposta não vem, ele apenas anota alguma coisa no caderno e finge está concentrado.
     - Aqui, fiz quase a metade, se tiver alguma dúvida me pergunte. - Ele estende o caderno na minha direção.
Começo 
     Ele me odiava.
    Quem não odiaria no lugar dele?
    Há mais ou menos dois meses,durante as ferias de verão, quando eu cheguei em casa, meu quarto estava cheio de rosas e flores. Meu chão estava coberto de pétalas vermelhas e minha cama com vários buquês de flores e logo depois apareceu o Zayn com uma aliança dizendo que os dois anos que passamos juntos foram os melhores da vida dele e que ele queria que durasse para sempre, claro que eu estava chorando. E minha resposta? . Eu terminei com ele.
   Ele é o meu ex namorado.
Nota da Autora#
   Bem,

     Podem odiar a Ariel, eu odeio. Mas, quem sabe daqui pro final da fanfic eu mude de ideia.
P.S; Críticas são sempre bem-vindas, só cuidado com as palavras. Se você mandar eu ir tomar no orifício anal eu vou mandar você tomar em lugar pior.

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